12 de fevereiro: Ir. Dorothy Mae Stang, mártir da América Latina

Irmã Dorothy Mae Stang nasceu em 7 de junho de 1931, em Dyton, Ohio, Estados Unidos. Quando jovem, entrou para a Congregação de Nossa Senhora de Namur. Veio para o Brasil em 1966, naturalizou-se brasileira e, desde a década de 1970, atuou na Amazônia, junto aos trabalhadores rurais. Fazia parte da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e defendia uma reforma agrária justa, por meio do diálogo com lideranças camponesas, políticas e religiosas.

Em Anapu-PA, batalhou incansavelmente pela implantação de um projeto de desenvolvimento sustentável, que buscasse a harmonia entre as pessoas e a natureza. Mesmo ameaçada de morte, nunca se deixou intimidar. Procurava soluções duradouras para os conflitos relacionados à posse e à exploração da terra. Antes de ser assassinada com seis tiros, aos 73 anos, no dia 12 de fevereiro de 2005, declarou: “Não vou fugir e nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir, com dignidade, sem devastar”.

O corpo da irmã Dorothy está enterrado em Anapu. Todos os anos, em sua memória, celebra-se a Romaria da Floresta a partir do local do assassinato até seu túmulo, por isso é considerada mártir da ecologia.

Maria Terezinha Corrêa
Graduada em Filosofia pela UFJF, mestre em Antropologia pela USP, graduada em Pedagogia pela UNITINS e Especialista em Ensino de Filosofia pela UFSCar, sócia da APEOESP, ABA e SBPC. Carioca, lecionou 27 anos na rede estadual de ensino oficial de São Paulo com Filosofia e Sociologia, trabalhou entre os ribeirinhos de Humaitá-AM, e em serviços voluntários e pastorais em várias comunidades.

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