A Igreja dedica este domingo à Solenidade de Todos os Santos, transferida, no Brasil, do dia 1º de novembro. O Evangelho proclamado na liturgia é a versão de Mateus (5,1-12a) sobre as “Bem-Aventuranças”. O padre Raimundo da Silva, CRL, explica que o texto apresenta o ideal de santidade.
A primeira bem-aventurança, “Feliz os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu” (v. 3), é a principal, inspirada na profecia de Sofonias (3,11-13), falando do resto de Israel que busca refúgio no nome do Senhor. As outras, segundo o Pe. Raimundo, derivam desta. Não basta ser pobre, é preciso humildade para entrar na dinâmica do Reino.
Os aflitos, mencionados por Jesus, representam os sofredores, os injustiçados, os que choram o mal causado a si e a outros. Jesus lhes dá esperança, dizendo que serão consolados. Já no contexto do Salmo 37, a palavra “manso” refere-se ao impotente, ao humilhado. Essas pessoas são exortadas a confiar em Deus e a não fazer justiça com as próprias mãos. As bem-aventuranças ainda falam daqueles que têm fome e sede de justiça, dos que praticam a misericórdia, de quem é puro de coração, dos promotores da paz e dos perseguidos por seguir o Senhor.
Em hebraico, “bem-aventurança” significa “colocar-se em movimento”. A infelicidade é estar imobilizado, parado no tempo, estático diante das injustiças. Por isso, segundo Pe. Raimundo, o trecho bíblico é um convite a colocar-se em marcha.
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