“Bandido” bom é “’bandido” perdoado

É uma conversa bem complicada quando falamos sobre dores e feridas da alma, ainda mais quando somos injustiçados por outras pessoas, não é mesmo? Quem já foi vítima de um assalto ou uma agressão física ou perdeu algum ente amado pelas mãos de outra pessoa, conhece bem os sentimentos de raiva, desejo de vingança e insegurança que ficam.

Para especialistas em comportamento humano, esses sentimentos só podem ser resolvidos com a liberação do sincero perdão. E é aí que pode entrar o trabalho da Justiça Restaurativa.

A Justiça Restaurativa é uma prática incrível que existe há mais ou menos 10 anos e ajuda a amenizar conflitos nas penitenciárias, nos colégios públicos de todo o Brasil e em muitos outros espaços. O que a torna tão especial é a oportunidade que ela dá para todos perdoarem e serem perdoados.

Na sua dinâmica, vítimas e algozes da situação em questão são colocados cara a cara, para uma conversa franca. Neste momento, ambos, com auxílio de um mediador, podem expressar as suas emoções e perceber o outro lado da história de cada parte. Apesar do método simples, o processo pode ser longo e doloroso. Mas, ao final, liberta a alma e renova as forças.

No Brasil temos uma equipe de irmãs trabalhando diretamente com Justiça Restaurativa. São elas: Ir. Nelly Boonen, Ir. Martina González, Ir. Helena Suzana Christo e, eventualmente, Ir. Stela Martins.

A irmã Claudia Gonzalez, que mora no México, contou para nós em sua visita ao Brasil, um pouco sobre como a justiça restaurativa a fez ter paz de espírito novamente.

Em seu depoimento, ela conta que sua irmã foi assassinada e que ela e sua família tinham muita raiva do assassino. Graças à justiça restaurativa, ela pode entender que o perdão faz bem para todos. Ela conseguiu se libertar da raiva, curar as feridas da sua alma e hoje ajuda outras pessoas a fazerem o mesmo.

E você, seria capaz deste tipo de perdão?

 

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