E se votar for a tradução cidadã de fortalecimento da democracia?
E se votar for o ápice da utopia?
E se votar for gesto concreto da construção do Reino?
E se votar for a ação individual de maior alcance coletivo?
E se votar for, de fato, o instrumento mais competente e responsável para garantir direitos e cidades acessíveis, democráticas, justas e sustentáveis?
Eleições municipais em 15 de novembro de 2020… Tempo de escolhas de prefeitas, prefeitos, vereadoras e vereadores.
Para ajudar na escolha tão fundamental e sendo teimosamente esperançosa, vou sugerir um roteiro para nortear nossas escolhas.
Faça um esquema mental, risque num papel, digite, imprima, enfim, escolha a melhor alternativa para fazer esse exercício.
Inicialmente, considere candidaturas identificadas com o compromisso ético e de transparência na gestão pública. A seguir, considerando quinze áreas temáticas essenciais para a qualidade e dignidade da vida no Município, indique uma candidatura potencial para cada uma delas. Depois é só somar quem teve maior pontuação. Se der empate, repita até conseguir destacar uma candidatura.
Áreas temáticas | Candidatura que obteve mais marcações e que será merecedor do seu voto |
Mobilidade urbana e transporte público | |
Parques, áreas verdes e meio ambiente | |
Limpeza urbana e coleta seletiva | |
Cultura | |
Gestão democrática e poder local | |
Fomento ao emprego, trabalho e renda | |
Assistência social a famílias e indivíduos empobrecidos | |
Desenvolvimento econômico | |
Educação de qualidade | |
Segurança alimentar | |
Habitação de interesse popular | |
Gestão pública e transparência | |
Esporte, turismo e lazer | |
Saúde pública |
Temos outras temáticas muito relevantes e também outras bem específicas… Esses quinze eixos temáticos foram listados apenas para nortear esse exercício cidadão.
Depois, se quiser, você pode elencar outras prioridades, considerando a realidade de seu Município, e também pode adaptar esse roteiro para balizar a escolha no âmbito das câmaras municipais.
Também podemos escolher uma legenda partidária e votar independentemente dos nomes colocados para o pleito, seja no Executivo ou no Legislativo municipal.
Enfim, vamos trazer a temática das eleições para nosso cotidiano.
Esse exercício cidadão é sempre um encontro da cidadania com nossos melhores propósitos.
Em tempo: sigamos atentos! Religião como argumento para escolher candidatos é a pior combinação. A religião tem seu valor, mas é a capacidade política propositiva que deve nos inspirar na realização de uma Nação justa a partir das eleições municipais.
Maria José Brant (Deka), assistente social, analista de políticas públicas na Prefeitura de Belo Horizonte-MG, mestra em Gestão Social, mosaicista nas horas vagas.