Celebrar o Dia da Árvore tem um significado ímpar nos dias atuais. No Brasil, essa data é comemorada às vésperas da primavera, em 21 de setembro.
Além de sua própria exuberância, as árvores têm funções fundamentais para o meio ambiente. Oferecem sombra, diminuem a poluição, mantêm a umidade do ar, deixam o solo firme, produzem matéria-prima para a fabricação de papel, remédios e diversos produtos. De forma que, ao derrubá-las, tenhamos a consciência da necessidade de replantá-las.
Embora os problemas relacionados ao meio ambiente sejam conhecidos há certo tempo, a cada dia que passa, o agravamento das más ações saltam aos nossos olhos. Falta de preservação, descaso, sobretudo com a Floresta Amazônica, queimadas, não somente em nosso país, é o triste cenário da displicência política e de interesses econômicos, muitas vezes estabelecidos em nome de um “desenvolvimento” sem nexo. O desmatamento, a mineração e as queimadas constituem a causa-origem da degradação generalizada.
Diante desse cenário, é inegável que a crise ecológica sinaliza, sem dúvida, uma crise de valores humanos. E cada vez mais os problemas assumem proporções alarmantes, por diferentes razões, interesses e meios. Via de regra, não devemos assumir uma posição ingênua ou indiferente diante do atual contexto, muito menos delegar nosso destino à “providência divina” e acreditar que a lei da natureza impõe o seu próprio equilíbrio. Muito pelo contrário, o que vemos é a força da natureza revelando que há um imenso desequilíbrio natural dos ecossistemas.
Então vamos lá! Plante uma árvore se for possível. Adote atitudes que beneficiem o meio ambiente, consuma produtos de fontes renováveis.
Ana Aparecida Martins Ferreira é professora de Ensino Religioso no Colégio Espírito Santo, em São Paulo-SP.
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Devastação histórica
Grandes brasileiros estão sofrendo com as queimadas ou desmatamento irregular. O Pantanal passa por uma das maiores catástrofes já registradas. A Polícia Federal investiga pelo menos cinco fazendeiros que teriam provocando o incêndio. As chamas atingiram áreas de proteção, reservas indígenas e afetaram até a vida nas cidades. Estima-se que mais de 12% do bioma já viraram cinzas. Além da poluição atmosférica, a fumaça tem formado a chamada “chuva escura” no Brasil e em países vizinhos.
O fogo e outras formas de destruição, como o desmatamento irregular, a mineração, a invasão de terras indígenas e o garimpo, também atingem a Amazônia. Ambientalistas suspeitam de que, neste ano, teria se repetido o chamado “dia do fogo”, quando criminosos, numa ação orquestrada, iniciaram as chamas.
Independentemente do bioma, o prejuízo para a flora, a fauna e para a economia ainda é difícil de ser calculado devido à grande extensão das áreas atingidas. Em todas as ocorrências, organizações denunciam o descaso das autoridades e a falta de estrutura para combater os crimes. Na última sexta-feira (18), a França declarou sua oposição ao acordo entre a União Europeia e o Mercosul. Áustria, Holanda e Bélgica também anunciaram que não darão o aval ao acordo enquanto não houver imposições ambientais.
Tragédia no Pantanal
Assista ao vídeo divulgado pela página da APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), denunciando os danos causados ao Pantanal.