Instituições importantes emitem um grande sinal de alerta. É preciso converter-nos agora para garantir a vida do planeta.
Há um mês, o Papa Francisco presidia a última sessão do Sínodo da Amazônia, na qual foi aprovado o documento final dessa grande reunião. No texto, a palavra que mais se destaca é “conversão”, tanto que o termo aparece nos títulos de todos os capítulos, indicando claramente que a humanidade precisa mudar de rumo.
O alerta não vem apenas da Igreja, mas é o que também aponta o novo relatório lançado na terça-feira, 26 de novembro, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. O clima é de urgência! De acordo com a ONU, se não houver uma diminuição da emissão de gases de efeito estufa de 7% ao ano entre 2020 e 2030, as temperaturas sofrerão um aumento de 3,2º C, o que acarretará impactos climáticos mais destrutivos.
A conclusão do relatório mostra que, ainda que todas as metas do Acordo de Paris sejam implantadas, as temperaturas continuarão a subir. Para permanecer abaixo de 2º C ou 1,5º C (que é a meta do Acordo de Paris), os objetivos precisam ser cinco vezes mais ambiciosos na próxima década. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas diz que, se a temperatura for além de 1,5º C, as ondas de calor e as tempestades serão mais frequentes e intensas.
Quando a Igreja afirma que temos uma Casa Comum, significa também sustentar que somos todos corresponsáveis por ela. O futuro desse grande lar, e consequentemente o nosso, depende da ação de cada ser humano. Que nesse Advento, tempo de conversão, possamos repensar nossos estilos de vida e nos comprometer com a vida do planeta.
Ir. Stela Martins, SSpS
Coordenadora da Redes
Rede de Solidariedade