Eu vejo arco-íris

Quase sempre é assim…

Aquela cena que nos pega desavisados, e damos de cara com um arco multicolorido rasgando o céu.

Momento ímpar e consolador.

Aquela fração de segundos que nos deixa no colo do Criador, mesmo os mais descrentes.

Cercado de tantas lendas e mitos, e carregado de tanta mensagem subliminar, o arco-íris é assim…

Renova esperança, remonta à passagem, nos leva a um pote de ouro, nos faz levitar de encantamento e nos devolve mais leves para seguirmos a vida.

Eu vejo arco-íris…

Mas é melhor parar por aqui com essa licença poética.

Flanando na internet, descobri que o arco-íris não existe, é uma ilusão de óptica.

Quando raios da luz do sol penetram nas gotas de água, eles são refratados e ocorre a dispersão. É pura dispersão de luz que é captada, dependendo da posição do observador.

Que chata seria a vida só com a ciência!

Eu vejo arco-íris e, no arco-íris que vejo, eu enxergo muitas coisas:

a aliança entre o céu e a terra;

a magia de uma paleta de cores que virou símbolo de diversidade;

os melhores projetos de vida guardados no pote;

uma súbita alegria transformadora;

uma paz celestial que desejamos experimentar na terra;

jovens no seu primeiro emprego;

a presença consoladora dos que já se foram;

crianças brincando de amarelinha;

a memória afetiva de juras de amor;

o pertencimento universal;

dias melhores para todos;

aquele frio na barriga pelas escolhas vividas;

a força das raízes que faz brotar cores no céu;

a esperança renovada…

E você, já viu arco-íris hoje?

Maria José Brant (Deka)
Assistente social, estudante de Antropologia, analista de políticas públicas no Programa Bolsa Família, mestra em Gestão Social, mosaicista nas horas vagas.

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Referência consultada
SANTOS, Marco Aurélio da Silva. “Formação de um arco-íris”. Brasil Escola.

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