A história das mulheres vem marcada por violência e privação desde que o mundo é mundo e a nossa Irmã Missionária Maria Amália sabe muito bem sobre isto. Ela trabalha no Projeto Providência desde 2003, uma ONG que atende crianças e jovens de comunidades carentes de Belo Horizonte – MG. Do contato diário com famílias carentes, ela montou um grupo de mulheres para ajudá-las em suas diversas dificuldades do cotidiano.
Através deste trabalho, muitas mulheres, algumas vítimas de violência doméstica, aprendem a ter mais autonomia em suas vidas. Ir. Amália afirma que o projeto ensina à mulher o verdadeiro significado de dignidade e valorização e, mostra que ela pode ser responsável pela própria vida sem depender de ninguém. No grupo feminino, ela orienta as mulheres sobre a vida pessoal e profissional e as ensina a pintar e costurar, sugerindo como uma opção de renda.
Estatísticas sobre a violência contra a mulher no Brasil
No Brasil, apesar das novas leis, como a da Maria da Penha, as estatísticas (veja o quadro) referentes à violência contra a mulher ainda são assustadoras:
- A cada 7.2 segundos uma mulher é vítima de violência física. (Fonte: Relógios da Violência, do Instituto Maria da Penha)
- O assassinato de mulheres negras aumentou (54%) enquanto o de brancas diminuiu (9,8%). (Fonte: Mapa da Violência 2015)
- Somente em 2015, a Central de Atendimento a Mulher – Ligue 180, realizou 749.024 atendimentos, ou 1 atendimento a cada 42 segundos. Desde 2005, são quase 5 milhões de atendimentos. (Dados divulgados pelo Ligue 180)
- 2 em cada 3 universitárias brasileiras disseram já ter sofrido algum tipo de violência (sexual, psicológica, moral ou física) no ambiente universitário. (Fonte: Pesquisa “Violência contra a mulher no ambiente universitário”, do Instituto Avon, de 2015).
- 54% conhecem uma mulher que já foi agredida pelo parceiro, em todas as classes econômicas. (Fonte: Pesquisa “Percepção da sociedade sobre violência e assassinatos de Mulheres”, de 2013)
- Vergonha e medo de ser assassinada são percebidas como as principais razões para a mulher não se separar do agressor e metade da população considera que a forma como a Justiça pune não reduz a violência contra a mulher.
Como sair deste quadro?
É consenso que não existe independência feminina sem independência financeira.
Mulheres que dependem financeiramente do marido, se sujeitam à violência psicológica e física para não serem deixadas e consequentemente passarem dificuldades com seus filhos. A estabilidade da carreira traz a tranquilidade de poder seguir em frente com a sua vida.
Quando uma mulher está em um ambiente de igualdade, ela tem controle maior sobre a família e o destino dos filhos e pode ser mais ativa na luta contra a injustiça e a discriminação em suas comunidades.
E aí mulheres, bora conquistar o teu?