As experiências intercongregacionais estão se tornando um movimento crescente na Igreja do Brasil. Elas consistem em unir membros de diferentes famílias espirituais em projetos comuns, buscando fortalecer a missão da Igreja e responder aos atuais desafios da sociedade. Essas iniciativas têm favorecido a cooperação missionária, um melhor serviço ao povo, sobretudo aos mais necessitados, o intercâmbio da riqueza de carismas de cada congregação, entre muitos outros avanços.
Ao unir forças, as congregações demonstram o compromisso com o Evangelho e com um mundo mais justo. As irmãs missionárias servas do Espírito Santo (SSpS) também acreditam nessa proposta, um valioso testemunho cristão de unidade.
As irmãs Rosilety Cruz e Alainhe Nascimento, ambas da Congregação do Preciosíssimo Sangue (IPS), partilham como é viver e trabalhar ao lado das SSpS, em comunidades intercongregacionais.
“O diferente nos enriquece”
Falar de missão é falar do Deus amor, “e o amor não conhece fronteiras”. A missão intercongregacional nos permite mergulhar na dinamicidade da Trindade Santa, na qual existe essa comunhão e relação de amor. Para mim, fazer parte da missão intercongregacional é uma grande alegria. Assim posso somar com as irmãs de minha comunidade que, embora sejamos de congregações diferentes, estamos em unidade de amor, colaborando pelo Reino de Deus, fazendo-nos próximas das realidades locais, sendo um sinal de alegria e de esperança. Isso me leva a sair de mim mesma, estar aberta ao novo, ao diferente e acolher a novidade do Espírito que toca nosso cotidiano, com as diversas realidades com as quais nos envolvemos, das pessoas que vêm a nosso encontro. Essa experiência também agrega mais valores para minha vida pessoal e comunitária, porque o diferente nos enriquece. O amor transforma o coração e faz nova todas as coisas. Somente o “Senhor sustenta a minha vida” (Sl 53).Por isso me encho de alegria no Senhor por seu imenso amor e me sinto feliz de fazer parte desta missão intercongregacional com as irmãs missionárias servas do Espírito Santo.
Irmã Rosilety Cruz, IPS
Comunidade Awã, Tocantínia-TO.
“Escola de integração”
A convivência comunitária com as irmãs missionárias servas do Espírito Santo (SSpS) é o primeiro espaço de integração: as partilhas da vida, das histórias pessoais, serviços, carismas, desafios, projetos, os momentos de espiritualidade e outras vivências, tornam-se escola integração. O diferente sempre propõe novas perspectivas, novas ideias, novos sonhos e novos caminhos. O impulso do Espírito ao ser acolhido por nós nos conduz a novos horizontes, robustecendo a vocação de quem acolhe e a missão da Igreja. Sinto que cada irmã de minha Província vive este momento comigo e que cada SSpS me acolhe como irmã. Nessa dinâmica, todas nós vivenciamos a intercongregacionalidade como uma força renovadora do Espírito em nossas famílias. Somente em corações abertos é possível que as novidades do Espírito gerem vida no mundo. Toda essa beleza de viver a intercongregacionalidade se estende à missão que realizamos juntas; para mim, um tempo de aprendizagem que requer escuta, silêncio, discernimento e acolhida. O CIM é espaço de acolhida de vidas, com histórias repletas de belezas, mas também com seus desafios. É necessário aprender a entrar e estar nessas novas narrativas, acolhendo as centelhas de esperança que cada uma carrega.
Irmã Alainhe Nascimento, IPS
Centro de Integração do Migrante (CIM), São Paulo-SP.
Com informações da Ir. Albersia Hope Tapoona, SSpS
Equipe de Comunicação SSpS Brasil.