Moda conventual: Mudança de Hábito!

co fundadoras
Bem aventuradas Madre Maria Helena e Madre Josefa, co-fundadoras da Congregação SSpS à época da sua fundação (1889)

O hábito religioso surgiu no século III da era cristã e, ao longo da história da Igreja, teve uma enorme importância. Até o Concílio Vaticano II, todas as congregações religiosas eram obrigadas a usá-lo. Longo até o chão, normalmente escuro e acompanhado de véu, era através do hábito que uma irmã era identificada como religiosa numa comunidade. Depois do Concílio, muitas congregações optaram por não usar o hábito, outras realizaram grandes mudanças, como nós. Nosso novo hábito permitiu que o comprimento das saias subisse para a altura dos joelhos e os tons escuros foram substituídos por tons azuis e beges claros. Até que há cerca de 30 anos ele passou a ser opcional em nossa Província.

 

O hábito faz o monge?

Apesar do uso do hábito não ser obrigatório na vida religiosa consagrada, existem diferentes opiniões quanto ao seu uso. Algumas congregações defendem a sua permanência, acreditando que ele acaba lembrando a toda hora a razão de viver e de agir de uma irmã. Sua lógica se apoia na crença que, num mundo tão secularizado como o nosso e tão pobre de sinais, o hábito religioso é marca registrada da entrega a Cristo. Defendem ainda que, em algumas culturas, o hábito serve até mesmo como uma ‘proteção’ a situações de violência.

Já para as que apoiam o uso traje civil, como é chamado o vestuário sem o hábito, pesam os argumentos de que uma irmã não deve se distinguir apenas pelas suas vestes, mas sim pela sua forma de vida, através das obras e palavras. Alegam ainda que, em algumas regiões, o hábito acaba por afastar as pessoas, por verem numa irmã religiosa uma presença ‘desigual’. A roupa comum seria uma forma de criar mais proximidade com as pessoas e favorecer a inserção das irmãs em meios mais populares.

A posição da Congregação SSpS

 A Congregação SSpS tem profundo respeito à opinião das irmãs religiosas e deixa o seu uso de acordo com a realidade do país onde se encontram. Mesmo nos países onde as irmãs decidiram não usar o hábito, as que se sentem melhor com o seu uso, continuam adotando-o. As que preferiram deixá-lo, buscam usar roupas que não tenham decotes, não sejam curtas, transparentes ou muito apertadas, por uma questão de respeito com o próprio corpo e com a própria castidade.

Com hábito ou sem hábito, para as irmãs SSpS, mais importante que a aparência, é a essência do seu trabalho. Quanto a isto, ninguém discute.

Irmãs SSpS polonesas, de hábito (2016)
Irmãs SSpS polonesas, de hábito (2016) 
Irmãs missionárias SSpS Brasil Norte hoje: o mesmo compromisso missionário em traje civil
Irmãs missionárias SSpS Brasil Norte hoje: o mesmo compromisso missionário em traje civil

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