Todo mundo já ouviu falar sobre o modo santo como as irmãs e irmãos procuram viver, não é? Mas será mesmo que a vida deles e delas é como a gente imagina? Pois a gente resolveu dar uma de ‘mythbuster da fé’ e foi perguntar às nossas irmãs como é de fato a sua vida consagrada. Pasme: a vida delas é mais parecida com a nossa do que julga nossa vã filosofia.
Conheça aqui os 7 mitos que detonamos sobre a vida religiosa:
1 – Irmã não precisa trabalhar: De acordo com o dicionário, trabalho é um conjunto de atividades realizadas, é o esforço feito por indivíduos, com o objetivo de atingir uma meta. Toda irmã faz alguma atividade na congregação, algumas fazem seu trabalho missionário em hospitais, outras na comunidade, outras com o serviço da casa, outras com serviços administrativos. Nenhuma irmã fica de boa assistindo sessão da tarde todos os dias, todas desenvolvem ação voltada para a missão.
2 – Irmã só reza: Gente, qual é o problema de rezar??? Irmã reza sim, mas não o tempo todo. Cada irmã tem sua rotina, assim como qualquer outra pessoa. A irmã estuda, trabalha, faz suas refeições, e faz suas atividades religiosas todos os dias, que incluem rezas e leitura da Bíblia. Madre Josefa, a fundadora da Congregação das Servas do Espírito Santo dizia: “Não sei se rezo muito, mas rezo a todo instante”. Isso significa que qualquer ação realizada com amor é no fundo uma oração.
3 – Irmã só pode usar hábito: O hábito é aquela vestimenta comprida onde só aparece o rosto e a mãos das irmãs, adotada há muitos anos pelas religiosas, (falamos sobre isso neste post) , mas hoje, depois da mudança de regras no Concílio Vaticano, as irmãs estão liberadas a usarem roupas comuns como calças e até acessórios. Essa não é uma regra geral, algumas congregações ainda usam hábito, obrigatoriamente. Na nossa congregação é opcional.
4 – Toda irmã é mal amada: kkkk, essa aqui é uma das mais engraçadas que eu já ouvimos falar, na qual a irmã só virou freira porque não teve sucesso na vida amorosa.
Para ser irmã, precisa ter vocação, precisa ter um amor incondicional por Deus e pela missão. Se a pessoa não tiver isso, é bem provável que ela pare no meio do caminho. Experiências ruins todos(as) nós temos, mas isso não determina se você vai ser um(a) religioso(a).
5 – Irmã não bebe: É comum ver em reuniões sociais ou em festas onde as irmãs estão presentes, bebidas alcóolicas como cervejas e vinhos, e isso tem espantado muitas pessoas, mas vamos com calma, nenhuma irmã vai dar PT. A Bíblia recomenda em Efésios 5, 18 para não se embriagar, então as irmãs (e todos nós) podem beber, desde que seja com moderação e consciência. No evangelho vamos encontrar algumas passagens onde Jesus fala do vinho como sinal da alegria, como por exemplo, nas bodas de Caná.
6 – Irmã não tem vida social: Já falamos que irmã é uma pessoa normal né? Com exceção das irmãs de vida contemplativa que sempre vivem em seus conventos, as irmãs das demais congregações podem e devem sair. A vida religiosa não isola ninguém, pelo contrário, ela incentiva conhecer e fazer amizades com outras pessoas que não são de seu convívio. Então, não seja tímido(a), pode pedir o face daquela irmã que você conheceu.
7 – Irmã precisa ser virgem: Ser virgem não é uma regra para entrar para a vida religiosa. No entanto, uma vez que a pessoa decide livremente por esta vocação, ela deve permanecer solteira e renunciar a um relacionamento exclusivo. Em algumas congregações é até permitido o ingresso de viúvas.