Ao longo da história da humanidade, a mulher e o homem tinham papéis distintos. Geralmente os padrões impostos pela sociedade associavam a figura feminina ao sexo frágil, totalmente dependente da figura masculina. Muitos movimentos sociais lutaram e ainda lutam pela igualdade entre os gêneros, o que é muito difícil, já que os preconceitos e estereótipos estão difundidos na sociedade, às vezes de forma inconsciente, inclusive nas artes e na literatura.
Os estereótipos estão presentes até mesmo em livros e contos voltados ao público infantil. As princesas, sempre bonitas, meigas, frágeis, submissas e totalmente dependentes dos homens, são representadas em grandes clássicos da literatura infantil, como no conto da Branca de Neve, dos irmãos Grimm. Nesse conto, é ressaltada a questão de beleza de acordo com padrões, e é claramente visto que os anões representam a figura masculina, que sempre salva a garota indefesa.
No campo das artes, as mulheres eram figurantes. Mas as modelos não poderiam ser qualquer mulher, e sim aquela que atendia aos padrões de beleza da época, o que é uma forma de exclusão e formação de estereótipos. Além disso, as mulheres não tinham acesso à educação e à escrita, podendo ser somente donas de casa e responsáveis pela criação dos filhos.
A igualdade de gêneros e a desconstrução de estereótipos são processos lentos e trabalhosos, sendo enfrentados até nos dias atuais. Conclui-se que tanto homens quanto mulheres devem ter uma educação que não reforce preconceitos, que haja uma maior e mais aberta discussão sobre o assunto, ainda considerado um tabu, e que os estereótipos não se tornem tradicionais na vida das garotas, que estas possam escolher quem querem ser e o que querem fazer.
Cecília Azalim de Oliveira é aluna do 1º ano do Colégio Stella Matutina, Juiz de Fora-MG.