ONU, Vivat Internacional e Vivat Brasil: em defesa dos direitos humanos

O Dia das Nações Unidas, ou Dia da ONU, é comemorado em 24 de outubro, desde 1948. A data celebra o aniversário da entrada em vigor da Carta das Nações Unidas, em 1945. Segundo o documento, os objetivos da ONU são: manter a paz e a segurança em todo o mundo; mediar e promover relações amistosas entre as nações; promover cooperações na resolução de problemas internacionais; ser o centro responsável por reunir as nações em prol desses objetivos.

Esses propósitos foram se ampliando e, desde 2015, a ONU promove os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Como congregação missionária, esses intuitos também orientam nossa missão. No ano de 2000, para articular melhor essas frentes, a organização Vivat foi criada como ação conjunta entre as missionárias servas do Espírito Santo e os missionários do Verbo Divino. A Vivat International tem sede em Nova Iorque, conta com 12 congregações religiosas e é reconhecida pelo Conselho Econômico e Social da ONU.

A Vivat reconhece que as Nações Unidas são um foro importante para a colaboração e o trabalho em rede com outras organizações no mundo que partilham os mesmos objetivos. Além da sede em Nova Iorque, a Vivat mantém um escritório em Genebra, Suíça, pois é nessa cidade onde a ONU abriga o escritório da Coordenação de Assuntos Humanitários. Neste ano, o posto de Secretaria Executiva da Vivat foi ocupado por nossa irmã Gretta Fernandes, SSpS, que vive em Roma. Assim, a coordenação da Vivat Internacional se dá no triângulo entre Nova Iorque, Genebra e Roma.

Vivat Brasil

Alguns países, como Argentina, Espanha, Quênia, Indonésia e Irlanda criaram uma Vivat local. No Brasil, após muitas reflexões, optou-se por ser um movimento, um coletivo de membros de congregações, sem instituir uma entidade.

Desde o início do ano de 2020, o verbita Pe. José Boeing, com quase 30 anos de missão na Região Amazônica, foi liberado para articular a Vivat Internacional no Brasil. A equipe de coordenação é composta ainda pela Ir. Michael Nolen, da Congregação das Irmãs da Santa Cruz, que, entre muitas outras atribuições, é advogada do Cimi (Conselho Indigenista Missionário); Pe. Dario Bosi, assessor da Repam (Rede Eclesial Pan-Amazônica) e do movimento Igreja e Mineração; e nossa irmã Petronella (Nelly) Boonen, que trabalha pelo Centro de Direitos Humanos e Educação Popular, com uma frente de cultura de paz, perdão e justiça restaurativa.

Essa composição da equipe de coordenação no Brasil dá uma ideia dos diversos campos de missão que levaram à escolha das seguintes prioridades: erradicação da pobreza, mulher e questão de gênero; desenvolvimento sustentável e cultura de paz. Mas também são desenvolvidas ações com as temáticas boa saúde e bem-estar; educação de qualidade e redução da desigualdade (ODS/ONU).

Em diálogo com a sociedade

No Brasil, cerca de 1200 religiosas e religiosos, membros da Vivat Brasil, assumem a urgência da missão de efetivar a presença do Reino de Deus nas diversas realidades do mundo. Portanto, a Vivat atende ao chamado para a vida religiosa se deixar tocar pelas necessidades do povo brasileiro e intervir de forma articulada, para além dos espaços religiosos, com outras esferas privadas e públicas.

Existem muitos desafios quando se olha para os objetivos. Cada membro das congregações que compõe essa rede está sendo convidado a escolher como colaborar com a missão Vivat, para que todos e todas tenham vida. Que a celebração do Dia das Nações Unidas possa nos lembrar essa convocação.

Ir. Petronella Maria Boonen (Nelly) é co-fundadora da linha de Perdão e Justiça Restaurativa do CDHEP e doutora e mestra em Sociologia da Educação pela USP.)

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