Estamos iniciando mais um ano, graças a Deus. Mais uma oportunidade de começar ou recomeçar. Temos uma agenda (quase) em branco a ser preenchida. Inúmeras portas e janelas estão abertas a serem exploradas. É também o tempo especial de planejar, de fazer promessas. Tempo de estabelecer metas a serem cumpridas. É o tempo de ouvir frases como: “neste ano, eu consigo”; “neste ano, eu emagreço (ou engordo) X quilos”; “neste ano, eu vou frequentar uma academia”; “neste ano, eu vou conseguir aquela promoção no trabalho”; “neste ano, eu estarei mais presente na família, no trabalho, na pastoral”, etc. Enfim, são vários projetos.
Sem julgamentos. Está tudo certo. Planejar é preciso. Quem não planeja vive de improvisos, tem de se contentar com o que sobra.
Mas por que temos dificuldades de fazer planos e projetos de vida hoje? Na dinâmica psíquica, estamos sempre em conflito com algo chamado “procrastinação”. Os sinônimos dessa palavra são, entre outros: postergar, atrasar, prorrogar, adiar. Há também o famoso “deixar tudo para a última hora”. Atire a primeira pedra quem nunca fez isso! No entanto, esse hábito se torna prejudicial ou crônico quando afeta a vida pessoal, familiar, social ou profissional. Os motivos são variados. Quanto mais aversivo for o comportamento de executar uma tarefa ou um projeto, maior chance de procrastinar haverá. Ao contrário, se o projeto ou tarefa for prazeroso, ou reforçador, então este será executado com entusiasmo.
Quanto a você, lembre-se: na vida, há os que cantam como Zeca Pagodinho: “Deixa a vida me levar, vida leva eu”; e há os que preferem cantar como Geraldo Vandré: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. É tempo de você escolher e compor sua própria canção para 2024.
Feliz ano novo a todos!
Padre Aparecido Luiz de Souza, SVD
Psicólogo.