Planeta Terra: nossa casa

“Que tipo de mundo queremos transmitir às gerações vindouras, às crianças que estão nascendo?” (Papa Francisco, Laudato si’, 160).

A Terra está sendo cada dia mais explorada pelas ações humanas. As pessoas, ao priorizarem as próprias necessidades, lucros e benefícios, acabam esquecendo que sua própria sobrevivência depende do bem-estar do planeta. A comunidade humana precisa ter consciência de que faz parte do meio ambiente: nós somos o meio ambiente. Sem a natureza em equilíbrio, não temos condições de sobrevivência. Então temos de nos preocupar com as gerações futuras e também com nossa própria geração. Nós, professores do Colégio Santa Maria (Cascavel–PR), buscamos levar nossos alunos a entenderem essa ideia de que precisamos cuidar de nosso planeta.

Esse trabalho de conscientização é feito por meio de vários projetos realizados no colégio, pelos quais se enfatizam os cuidados com o planeta Terra. Entre as várias iniciativas, escolhi uma para apresentar neste artigo.

O projeto sobre sustentabilidade, intitulado “Uma vida sustentável é possível”, levou alunos das turmas do 6º ano para passar uma manhã em um “sítio-escola sustentável”. A família que vive no lugar visa à sustentabilidade. Os alunos perceberam esse fato no cultivo das plantas, na manutenção da casa, nas estruturas de banheiros e nos demais ambientes do local. As construções são de barro, num sistema chamado “adobe” (tijolo de barro). As plantações, que são orgânicas, alimentam a família e são comercializadas por ela.

Os estudantes aprenderam a fazer o tijolo, trataram os animais, alimentaram-se de comidas saudáveis, participaram de várias atividades lúdicas que tinham como objetivo instigá-los a terem a convicção de que podemos viver com o que a natureza nos oferece. Toda a tecnologia é importante, porém nada existiria sem a natureza.

Na conclusão das atividades, os alunos conseguiram compreender que dependemos da natureza para sobreviver e que precisamos mudar alguns hábitos para garantir uma vida com mais qualidade para as gerações futuras. Precisamos “descascar mais e desembalar menos”, dar destino adequado para os resíduos que produzimos, reaproveitar, sempre que possível, objetos que utilizamos, dar um destino correto àquele equipamento que não serve mais, ou seja, diminuir o consumo. Assim, podemos reduzir muito os impactos gerados pelas indústrias.

Dessa forma, concluo dizendo que, no momento em que nós, seres humanos, entendermos que somos o meio ambiente e que, sem a natureza, não existiríamos, conseguiremos cuidar do nosso planeta, assim como está pedindo o 15º Capítulo-Geral das Irmãs Servas do Espírito Santo e o Papa Francisco, com a frase citada no início do texto.

“Despertadas pelo grito da Trindade através da dor e do sofrimento da Mãe Terra e de nossos irmãos e irmãs à margem, a conversão ecológica e a vida sustentável se tornam um compromisso ético inalienável” (15º Capítulo-Geral das Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo, 2022).

Simone Lazzarotto
Professora de Biologia no Colégio Santa Maria, Cascavel-PR.






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