Dizem que vai ser um ano de muitos recessos, feriados, além das datas comemorativas de sempre. Trazendo para este diálogo o tempo revestido de calendário, será importante anunciar.
Ainda bem que já passou janeiro, com seus boletos, impostos, listas e promessas.
E se a gente vai ter carnaval em fevereiro, acho que, em março, vai dar para o ano começar de vez. De cara, temos o Dia da Mulher que, para ser celebrado, precisa ser precedido de uma postura cotidiana marcada por sororidade, respeito, autonomia e parceria.
Virando a “folhinha”, temos abril, que trará os costumes e a cultura indígena para a pauta. Mas esse debate e essa defesa têm de ser todo dia. Inadiavelmente.
Depois vem maio, tempo de tradição casamenteira que deve encontrar casais que reuniram afetos e convicções de uma vida em parceria. E tem também o Dia das Mães, cujo comércio e consumismo não podem nos deixar esquecer que, para ter motivos para celebrar em maio, temos de, agora, experimentar afeto e proximidade.
E, em junho, o destaque vai para o meio ambiente. Nosso planeta dá sinais de esgotamento e, diante desse cenário, precisamos mudar hábitos e atitudes enquanto é tempo.
Tique-taque, tique-taque…
E as férias chegaram… Aproveite para lembrar que é preciso estudar agora para colher os frutos e o merecido descanso no julho que virá.
Agosto vem com o discreto charme do Dia dos Pais, figura mais que controvertida nos dias atuais, cujo aprendizado de presença, de proximidade, de diálogo nos desafia a cada dia. E também, a cada dia, revela-nos uma nova geração paterna mais colaborativa, que sabe que ser pai é todo dia.
“Entrou setembro…” Ah, a primavera! Cheiro de poesia no ar, uma sensação de que valeu ter vivido até aqui e um discreto mal-estar despontando, indicando-nos que ainda há muito o que fazer.
Este ano, a cena das barulhentas e criativas crianças vai dar lugar emergencial às eleições. Em outubro, escolheremos prefeitos e vereadores pelo Brasil afora. Vale acompanhar, empenhar-se em escolher uma boa candidatura ou a menos pior. Mas vote! E 2021 vai agradecer você…
Na sequência, vem Zumbi assombrando nossa consciência negra. Espero que nos encontre dignos para celebrar essa data.
Então é Natal! Tempo de celebrar, agradecer, renascer, repactuar promessas e atitudes. Sempre haverá tempo… Apesar da correria.
Tique-taque, tique-taque…
Maria José Brant (Deka), assistente social, estudante de Antropologia, analista de políticas públicas no Programa Bolsa Família, mestra em Gestão Social, mosaicista nas horas vagas.