Venha, mas chegue de mansinho!
Venha, 2021, mas não me venha com metas e promessas particulares que abranjam apenas o universo particular!
Dois mil e vinte e um será nosso ano-missão. Foi o que aprendemos no ano passado, no fatídico 2020: dar sentido profundo ao que fazemos. Isso é estar em missão.
O acaso, o inesperado, o surpreendente, o encantador, o desalentador, as linhas tortas do Criador precisam nos encontrar em missão, plenos em atitudes e propósitos.
Então…
Venha, 2021! Mas chegue nos trazendo a esperança da vacina!
Venha, 2021! Brinde-nos com a sabedoria daqueles cinco segundos de silêncio e discernimento antes de cada reação verbal, física e emocional!
Venha, 2021! Renove nossas esperanças na construção de um mundo fraterno e inclusivo!
Venha, 2021! Mova-nos para ações solidárias e sustentáveis!
Venha, 2021! Amplie nosso olhar e nosso entendimento diante da dor do outro e de nossas próprias dores!
Venha, 2021! Que nossa missão, ao longo dos 365 dias, seja marcada de afeto, espiritualidade e sensibilidade!
Venha, 2021! Que tenhamos tempo livre para ser presença criativa mesmo em tempos de uma pandemia que se arrastará!
Venha, 2021! Que nossa declaração de amor à humanidade continue sendo nosso zelo ao usar máscaras, lavar as mãos e manter a segurança do distanciamento social, sempre que possível!
Venha, 2021! Que nossa fé seja também plena de obras e ações solidárias!
Venha, 2021! E que, neste ano, o amor no cotidiano seja pleno e intenso na família, no trabalho, na escola, na comunidade!
Venha, 2021! Que nossa ira também seja plena, sempre que preciso for!
Venha, 2021! Pode chegar! Estaremos em missão nos 365 dias do ano.
Maria José Brant (Deka), assistente social, analista de políticas públicas na Prefeitura de Belo Horizonte-MG, mestra em Gestão Social, mosaicista nas horas vagas.