O Dia da Vida Consagrada é celebrado junto com a Solenidade da Assunção de Maria ao Céu. Isso não é coincidência. Maria, a Mãe de Jesus, é modelo de vida para todos os consagrados e consagradas. Nela todos os cristãos podem se inspirar para viverem o seguimento de Jesus em quaisquer circunstâncias da vida atual, pois Maria vai além do tempo.
Ao ser elevada ao céu, Maria leva nossa humanidade para junto de Deus. Sua vida de serviço, amor e doação, toda dedicada a Jesus e ao projeto de Deus, abre um caminho de esperança de que também nós poderemos ter nossa vida plenificada em Deus.
E a vida religiosa consagrada é um caminho que busca colocar em prática a maneira como Maria viveu, em atitude de total entrega ao Senhor, numa vida de oração e serviço. Os religiosos e as religiosas são pessoas comuns que ouviram o chamado de Deus e buscam, a cada dia, responder sim, a exemplo de Maria, dedicando-se inteiramente ao serviço do Senhor, nas mais variadas situações, como presença de esperança e testemunhas do amor misericordioso de Deus.
Os religiosos consagrados são homens e mulheres que deixaram tudo, família, carreira e bens, porque descobriram o tesouro maior que dá sentido às suas vidas e preenche o coração. Ao viver os votos de pobreza evangélica, obediência apostólica e castidade consagrada, tornam-se livres, saindo de si mesmos para ir ao encontro de quem mais precisa.
A vida consagrada, com sua criatividade e profecia, enriquece a Igreja com muitos dons e carismas. Por intermédio das freiras, irmãs, missionárias, irmãos consagrados, sacerdotes religiosos, monjas e monges, dá testemunho do seguimento de Cristo e de vida comunitária, unindo as pessoas e convivendo com as diferenças.
Para cada situação de sofrimento, podemos encontrar religiosos prestando serviços, muitas vezes no silêncio e na humildade. O Espírito Santo inspira cada congregação religiosa a encarnar algum aspecto do projeto de Jesus e transformar em vida sua Palavra. Assim, temos religiosas e religiosos que abraçam a arte de ensinar crianças, adolescentes e jovens; outros cuidam dos doentes; outros vão às favelas e periferias anunciar a Boa-Nova; outros lutam para que os direitos humanos sejam respeitados…
Também nós, missionárias servas do Espírito Santo, abraçamos o chamado de Deus e buscamos, nos mais variados tipos de apostolado, dar testemunho do amor de Deus Uno e Trino que transforma o mundo com ternura e compaixão.
Desejamos a todas as consagradas e aos consagrados que possamos ser centelhas de vida e esperança onde as pessoas já não mais acreditam; que possamos contagiar com nossa alegria aqueles que perderam a razão de lutar; que possamos, por nossas atitudes, mostrar que Deus está sempre presente.
Irmã Ana Elídia Caffer Neves, SSpS
Jornalista, membro da Equipe de Comunicação Congregacional e coordenadora de Comunicação da Província Stella Matutina (BRN)