Violência: passado, presente e futuro

Derivada do latim, a palavra violência está associada ao termo “violare”, que significa violação. Violência é usar a agressividade em excesso, de forma intencional, violando a integridade, podendo causar traumas, acidentes e até mesmo mortes. É preciso entender que existem, sim, caminhos que podem combater esses tipos de ações e que eles estão extremamente ligados ao cultivo da paz.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, criada há 70 anos por conta dos horrores da Segunda Guerra Mundial, objetivam a promoção de uma vida digna, com direitos e liberdades fundamentais a todo ser humano. Contudo, mesmo depois de muito tempo instituída, não garantiu os direitos fundamentais para uma boa vida, uma vez que, atualmente, ainda existem países comparados a situações de guerra. O Brasil, uma das nações que têm suas condições de vida comparadas às de locais em conflito, tem sua população, muitas vezes, horrorizada e com medo de executar ações simples do dia a dia, como sair para buscar o pão na padaria.

Gil Vicente condenou muitos pecados no clássico “Auto da Barca do Inferno”. Corrupção, mentira e falsidade foram “valores” que embarcaram para o inferno no século XVI e, consequentemente, já deveriam ser só mais uma “lembrança”. Mesmo com o passar do tempo, a sociedade não foi capaz de evoluir diante da violação da integridade, da mesma maneira em que progrediu em outros aspectos.

Com base nessas informações, após muitos atos históricos extremamente violentos, foram criados muitos acordos, tratados e até mesmo instituições com o propósito de estabelecer a paz. Na virada do milênio, foi elaborado o “Manifesto em Defesa da Paz – 2000”, que contou com a colaboração de personalidades como Dalai Lama e Nelson Mandela, que colocaram no papel vários modos de acabar com atitudes violentas, visando a um mundo mais pacífico.

Portanto é necessário que a mídia, o governo e até a população incentivem o respeito, a generosidade e a defesa da liberdade e da diversidade, para que a sociedade pare de pensar que “violência se acaba com violência”. Segundo Mahatma Gandhi, “Não existe caminho para a paz. A paz é o caminho”. Dessa maneira, crianças e jovens poderão crescer num mundo menos violento e mais solidário, acreditando sempre num futuro melhor.

Lara Munhoz Mathias é aluna do ensino médio do Colégio Espírito Santo, em São Paulo-SP.

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