Missionárias servas do Espírito Santo falam sobre os dez anos do pontificado do Papa Francisco

Ir. Adriana da Silva
“Conduzido pelo Espírito Santo, Papa Francisco é um profeta, capaz de chorar por seu povo e também de falar com firmeza quando necessário. Sua coragem e sua autenticidade são virtudes que os cristãos e o mundo apreciam”, afirma a irmã Adriana da Silva, SSpS. Por ocasião dos dez anos do pontificado do Papa Francisco, celebrados em 13 de março de 2023, as irmãs missionárias servas do Espírito Santo (SSpS) manifestaram suas impressões sobre a missão de Francisco como líder da Igreja Católica. “Desde que assumiu seu pontificado, embora num contexto desafiador, mostrou ao mundo a importância da solidariedade, da esperança e do amor, por meio de documentos, cartas, discursos, catequeses e homilias”, acrescenta Ir. Adriana.
Ir. Tressa Sebastian Nayathuda
De acordo com a conselheira-geral, a indiana Ir. Tressa Sebastian Nayathuda, Francisco tem marcado seu pontificado pelas virtudes da humildade, da simplicidade e da abertura. “Esses valores se tornaram visíveis quando lavou e beijou os pés de 12 pessoas, tanto mulheres como homens, na prisão, pouco depois da sua eleição como Papa”, afirmou.
Ir. Hermelinda Ruschel
Irmã Hermelinda Ruschel ressalta, ainda, a grande capacidade de Francisco de se comover com o sofrimento humano causado pela guerra, pela pobreza. Ela também destaca a preocupação dele com o cuidado da natureza e enfatiza seu esforço em favorecer que as mulheres ocupem seu espaço na Igreja. “Aprecio muito a sua iniciativa de fazer ouvir a voz das mulheres na Igreja e seus esforços para realçar as contribuições delas”, declara.
Ir. Maria Inês Aragão
Para a irmã Maria Inês Aragão, o caminho da sinodalidade proposto pelo Papa Francisco é um convite a responder, de forma mais adequada, aos desafios de uma época turbulenta e conflitiva: “Como bom pastor, orienta-nos dia a dia, com lucidez”.
Ir. Theodora Illi
Nascida na Indonésia, missionária no Brasil há mais de dez anos, a Ir. Theodora Illi sublinha: “Desde o início de seu pontificado, o Papa Francisco tem se mostrado sempre ao lado dos pobres e marginalizados, cheio de ternura para com os que sofrem”. Acrescenta que “embora respeite os dogmas e as doutrinas, é pela vivência do amor que ele tem chegado ao coração do povo”.

“O Francisco da misericórdia e da compaixão, acolhedor e atento aos sofrimentos da pessoa. Como pastor zeloso, ensina e orienta o povo de Deus de como vier a sua fé, no concreto da vida”, diz a Ir. Hermelinda Ruschel, de Ponta Grossa-PR.

Papa Francisco carrega, em seu nome, o amor pelos pobres e pela criação de Deus, segundo Ir. Juliana de Andrade. “Apesar de estar longe fisicamente, ele se faz tão próximo de nós e nos convida a sermos Igreja em saída que toca o seu povo com misericórdia.” Assista, a seguir, ao depoimento de Ir. Juliana.

Dez anos de pontificado

Em 2023, a Igreja Católica celebra os dez anos do pontificado do Papa Francisco, o 266º Sumo Pontífice da maior instituição de caridade do mundo, somando 1,2 bilhão de fiéis. Natural de Buenos Aires (Argentina) e eleito Papa em 13 de março de 2013, Jorge Mario Bergoglio é o primeiro Papa não europeu em mais de 1.200 anos.

O Papa, ao recordar sua eleição, sempre fala, com reconhecimento e admiração, sobre o amigo brasileiro, Dom Cláudio Hummes, OFM como a inspiração primeira para o nome Francisco.

“Na eleição, eu tinha ao meu lado o arcebispo emérito de São Paulo, um grande amigo. Quando a coisa começou a ficar um pouco perigosa, ele começou a me tranquilizar. E, quando os votos chegaram a dois terços, aconteceu o aplauso esperado, pois, afinal, havia sido eleito o Papa. Ele me abraçou, me beijou e disse: ‘Não se esqueça dos pobres’. Aquilo entrou na minha cabeça. Imediatamente lembrei-me de São Francisco de Assis.”

É o primeiro Papa que ousa tomar para si o nome de Francisco de Assis. Assumindo sua identidade espiritual, eclesial, teológica e pastoral, torna-se reconhecido por suas encíclicas que convocam o mundo à fraternidade universal e ao cuidado da Casa Comum, e por desafiar a Igreja à saída de si para uma evangelização ampla, fundada na simplicidade, na pobreza na misericórdia.

Rosa M. Martins
Mestra em Jornalismo, Imagem e Entretenimento pela Fundação Cásper Líbero, licenciada em Filosofia pela Universidade Salesiana de Lorena (Unisal), bacharela em Teologia pela Pontifícia Universidade São Boaventura de Roma. É missionária scalabriniana e vive em Santo André-SP. Indicada ao Prêmio Tarso Genro de Jornalismo em 2020, foi vencedora do Prêmio Papa Francisco, categoria mestrado, do Prêmio CNBB de Comunicação com a dissertação “Menores estrangeiros não acompanhados: uma análise da representação no fotojornalismo italiano”, em 2021.

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